A ansiedade é entendida como um estado emocional intenso, gerado por conflitos internos e relacionado ao medo de uma situação ameaçadora – real ou simbólica – que desafia o equilíbrio psíquico. Freud propôs que a ansiedade surge como uma reação do ego diante de algo que representa perigo ou risco à estabilidade interna, ativando-se como um sinal de alerta frente a eventos que podem reativar memórias reprimidas de situações traumáticas.

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Esse sentimento se torna, então, uma maneira de o ego proteger o indivíduo contra aquilo que percebe como intolerável ou difícil de enfrentar. Ao sentir a ansiedade, a pessoa passa a evitar ou controlar esses impulsos, o que, por vezes, resulta em comportamentos repetitivos, bloqueios ou até sintomas físicos. 

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Como podemos ver, a ansiedade carrega esse caráter ambíguo. Ela é, por um lado, uma reação corporal e psicológica aparentemente desestabilizadora, que pode tirar alguém do eixo, levando a pensamentos obsessivos, repetitivos, repetições angustiantes e, no limite a sintomas físicos. Enquanto, por outro, é uma forma de defesa frente a uma ameaça. Um mecanismo de defesa psicológico que pode, em casos extremos, gerar sofrimento.

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Na psicanálise, poder narrar sua história pode levar o paciente a compreender a origem da ansiedade permitindo, assim, a integração e elaboração dessas experiências, reduzindo sua intensidade e tornando-se mais consciente dos próprios conflitos e processos emocionais.